"Pulp (polpa, pasta): 1. Uma mistura ou massa macia, húmida, sem forma. 2. Uma revista ou livro de literatura tétrica, impresso propositadamente em papel rugoso e inacabado". A definição é
do American Heritage Dictionary e é com ela que começa
Pulp Fiction, um filme de Quentin Tarantino que está tão bem no grande ecrã como estaria num sonho ou numa revista do estilo noir do inÃcio do século XX. Non-sense quanto baste, aleatório e inusitado,
Pulp Fiction é um marco na história do cinema. Subvertendo paradigmas e levando-se pouco a sério, o filme foi capaz de transpor para uma narrativa não-linear a história de personagens que, no mÃnimo, se enquadram na categoria do âcaricatoâ. O resultado é um thriller repleto de suspense, mas com a dose certa de diversão, feito suficiente para tomar os Ã"scares de assalto com âapenasâ 7 nomeações. Tão acalmado pela crÃtica como pelo público, o filme é um Ãcone da
cultura popular não só dos Estados Unidos da América, como de todo mundo. Afinal, quem não se lembra de
Uma Thurman (a eterna musa de Tarantino) no papel de Mia Wallace, ao som de
Son of a Preacher; ou de Honney Bunny de
Amanda Plummer, no prelúdio que tem tanto de psicótico como de divertido. Ora vejamos:
Amanda Plummer e Uma Thurman são só alguns dos muitos nomes que compõem o elenco de luxo de Pulp Fiction. Aliás, não é possÃvel falar do filme sem referir
John Travolta, no papel do hitman, Vincent Veja;
Samuel L. Jackson, em Jules Winnfield, seu parceiro;
Bruce Willis, um pugilista em declÃnio; ou o próprio
Quentin Tarantino que participa como ator no papel de Jimmie Dimmick. O leque de nomes continua (com destaque também para a portuguesa, Maria de Medeiros), sendo que todos os personagens vivem no mesmo universo intrincado de
Tarantino. Ainda que assim não pareça, os acontecimentos estão sempre relacionados, seja de uma forma ou de outra. Como tal, a narrativa não-linear e não cronológica divide-se em 7 partes diferentes: 1 â" Prólogo: O Restaurante I 2 - Prelúdio: Vincent Vega e a esposa de Marsellus Wallace 3 - Vincent Vega e a esposa de Marcellus Wallace 4 â" Prelúdio: O Relógio de Ouro" 5 - O Relógio de Ouro 6 - A Situação Bonnie 7 â" EpÃlogo: O Restaurante II
Pulp Fiction: As muitas referências do filme de Tarantino

Analisado ao pormenor,
Pulp Fiction está repleto de referências que ajudaram a que se tornasse num clássico do cinema e da cultura pop. Falamos, por exemplo, da mala misteriosa, cujo código é 666 e cujo conteúdo nunca chega a ser verdadeiramente revelado. A juntar a isto, há ainda a importância da
casa de banho, que em
Pulp Fiction é não só um cenário como também uma menção frequente. Falamos, por exemplo, da cena em que Mia Wallace lá vai para âpassar pó no narizâ, que é como quem diz snifar cocaÃna. Ou quando Honney Bunny diz que precisa de âfazer xixiâ na altura menos conveniente possÃvel. Por último, há ainda que referir a passagem da BÃblia, citada por
Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) e que também está presente na primeira parte de
Situação Bonnie e também no epÃlogo
Restaurante II.
https://www.youtube.com/watch?v=x2WK_eWihdU A banda sonora de Pulp Fiction
Pulp Fiction beneficia em muito da componente musical, e simplesmente não há como não associar o filme a temas como
Misirlou,
Jungle Boogie ou
Girl, Youâll Be a Woman Soon. Todavia, curiosamente há que referir que a obra cinematográfica não teve uma
banda sonora especÃfica: pelo contrário, Tarantino optou por escolher uma série de músicas de vários géneros e que lhe pareciam adequadas. O resultado foi a junção temas, sendo que muitos crÃticos falam da existência de uma associação dos temas ao surf.
Tarantino nega, dizendo que apesar das diferenças âtudo lhe soa rock and rollâ. Da mesma forma que Morricone âsoa como rock and roll Western Spaghettiâ. O álbum com a banda sonora foi lançado em 1994 e dele fazem também parte diálogos icónicos do filme., Pulp Fiction: o êxito da cultura pop que ainda continua fresco ,
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